domingo, 9 de março de 2008

Pestanejo duas vezes

Pestanejo duas vezes para me certificar que não estou a sonhar.
O primeiro é involuntário... ao segundo não queria acreditar!
A barba protege-me o rosto do vento frio de rachar.
O vinho leva-me a dor de não ter onde pôr a saliva ou o suor.
As conservas acabarão por matar aquilo que tento conservar.
Procuro um sítio quente para aquecer o resto.
Não encontro. Está frio em todo o lado.
Encontro um caixote grande o suficiente para me acolher.
Deixo a barba de fora e adormeço...
Pestanejo duas vezes para me certificar que não estou a sonhar.
O primeiro é involuntário... ao segundo nem quero acreditar...


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