terça-feira, 8 de abril de 2008

Bip! Bip! Bip! Bip!

O comboio transbordava. Cá fora as pessoas que esperavam para entrar não sentiam necessidade de deixar as que estão dentro sair. Cada um empurra o seu homólogo da frente. Reparei que, se os da frente não conseguem ou são simplesmente civilizados, os de trás carinhosamente conspiram e os empurram.
Esperei que todos entrassem e restaram vinte milímetros quadrados onde me pude encaixar.
As grelhas da ventilação trepidam de tanto soprar e já me sinto sem ar.
Bip! Bip! Bip! Bip!
Apetecia-me mesmo uma chamuça!
Encosto o cartão à superfície azul saliente e abre-se o torniquete.

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